quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Quanta bobagem...

Era apenas um quarto escuro que em minutos se transformou no “bloco A” das inspirações. Os gritos ecoavam pelos corredores silenciosos, se é que havia corredores – se realmente houvesse seria mais assustador, mais enigmático, mais interessante –, havia sim um corredor, mas que não levava pra lugar algum. Um corredor de pouco mais de dois metros, não era como nos filmes. Mas nada de importante acontece no corredor, afinal era apenas um quarto.

O começo de um novo dia – meia-noite – tornara as inspirações mais fáceis, a chuva torrencial ocasionou um enigmático clima de loucura. Fácil não dormir. Difícil seria apenas se quisesse, de fato, manter os olhos abertos. Quantas divergências.

Ora iluminado, ora na escuridão. Era apenas um quarto escuro, mas apenas em linguagem figurada, pois a claridade estava a um toque. A escuridão é melhor, ainda mais para pensar e refletir. Quantos caminhos abertos e o cair da noite faz enxergar tudo. Pensar nas palavras proferidas e naquelas que ainda estão entaladas. Glória ao cair da noite.

Uma noite de inspiração, mas apenas para bobagem. Dedicado então a falta de sono, as inspirações catastróficas, as esperanças, a visão do futuro, aos novos planos, a leitura das mentes, as novidades da vida e finalmente ao quarto escuro, perdido em meio à chuva que não poderia passar em branco. Numa noite escura por dentro, mas com claridade sobrando do lado de fora. Ah sim. O quarto escuro, o corredor, tudo uma casa. Escuridão apenas por falta de vontade de acender a luz, e a claridade do lado de fora, postes de luz. É quinta-feira – passados apenas cinquenta e sete minutos deste dia – e noite adentro vivo expectativas para os próximos dias, meses e talvez até anos.

Quanta bobagem.

domingo, 20 de setembro de 2009

Um dia crescemos...

Um dia crescemos e vemos tudo que deixamos para trás. Descobrimos que nossa vida será sempre feita de lembranças das coisas que ficaram, das pessoas que passaram e dos momentos que se eternizaram. São memórias que queremos esquecer e memórias que queremos reviver.

Um dia crescemos e descobrimos que nossa infância já se foi, que o tempo de adolescência já não existe mais. Vemos-nos em um mundo onde no princípio estamos perdidos, sem apoio de quem sempre zelou por nós. Distraídos no meio de tanta confusão, não encontramos mais aquele amigo que por tanto tempo esteve ao lado. Afastamos-nos daqueles amigos que sempre nos quiseram bem, que fizeram parte das brigas e parte das conquistas. Para trás ficam os professores, as pessoas que nos viram crescer, aqueles que um dia imaginaram o que seria daquele (a) garotinho (a).

Um dia crescemos e nos habituamos a uma vida calma, a uma vida séria. A rotina, por mais que temida, passa a tomar conta de nossas vidas, afinal não podemos viver apenas de festas pela eternidade. Crescemos e nos habituamos ao trabalho, ao estudo e às poucas pessoas que ficaram de uma vida toda.

Um dia crescemos e aprendemos que a família é sim a base de tudo. Compreendemos que os pais sim, sempre tinham razão. Que esses são os que mais zelaram por nós, e são os mesmos que até a morte nos colocarão em primeiro lugar. Aquele velho (a) chato (a) que um dia tanto incomodou passa a ser o (a) dono (a) da razão, tomamos o lugar de responsáveis e passamos a compreender que a “chatice” de antigamente, hoje já não é mais tão chata.

Um dia crescemos e passamos a dar valor a pequenas coisas. Vemos num simples gesto o carinho de quem preza por nós. Aprendemos a valorizar aquilo que realmente há de importante na vida, afinal as quedas com o crescimento foram inúmeras, o que nos faz refletir sobre o real sentido de cada valor que estimamos em nossas vidas.

Um dia crescemos e lembramos-nos daquele (a) que um dia realmente nos importou na vida. Daquela alma que certamente era gêmea, daquele sentimento adolescente que parecia insubstituível, e que, de fato era insubstituível.

Um dia crescemos e sentimos falta do que não fizemos, sentimos falta do que não falamos, sentimos falta do que não expressamos. Refletimos sobre o como fez falta uma palavra, um gesto de carinho, um “obrigado”, um “por favor”, um “eu te amo”. O dia que crescermos o tempo já terá ido, as pessoas passado e pouca coisa, diria pouquíssima coisa, poderá ser reencontrada.

Um dia crescemos e o pior é que não sabemos quando nem como. Um dia perdemos tudo e da mesma forma, não sabemos nem onde e muito menos quando. Um dia crescemos e só nos basta ter certeza que aquilo que queríamos que nos acompanhasse pela vida foi trazido junto, pois a dificuldade de reconquistar o que já fora nosso é imensa.

Um dia crescemos e a garantia de que fizemos nossa parte, é pensar: o que quero para mim após o dia que crescer?

Um dia crescemos e a vida passa a ser real, passa a ter sentido e a melhor coisa é crescer ao lado de quem realmente amamos, afinal: um dia crescemos e isto sim é inevitável.

“O dia que eu crescer, quero ter certeza de que mesmo que não trouxer comigo aquilo que quero para minha vida, lutei até o fim para que isso fosse possível. Eu sei o que quero para mim, eu sei o que tenho de importante para minha vida, e com certeza a vida é muito curta para desperdiçarmos aquilo que de melhor temos, principalmente com bobagens. Afinal um dia crescemos, e o arrependimento será constante e somente a certeza de que a luta pelos objetivos esteve presente é que pode amenizar qualquer futura decepção.”

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Qual fim vai querer?

Vou facilitar o trabalho da Morte. Cuidarei de cada detalhe para que nada saia errado. Fumarei até o último maço de cigarros, beberei até o último cálice e pra matar a fome o McDonald’s é logo em frente. Dormirei descoberto e com a janela aberta. Deixe que o vento bata e que a chuva caia, pois eu continuarei nos meus graciosos sonhos (graças aos remédios tomados sem prescrição).

Nada de carro elétrico, nada de papelzinho no lixo. Meu almoço será no fast-food. Passarei longe de escadas para eu andar somente o necessário. Fugir dos esforços será minha meta, nada de pensar, afinal pra quê serve o computador? Entre algumas tragadas, falarei da miséria da minha vida e pensarei no último capítulo da novela. Estragando-me aos poucos, penso estar vivendo. Nada de paciência ou calma, o stress pode matar – é bom. Trabalho pra casa sim. Minha casa é uma p#rr@ do mesmo. Nada de cachorro, crianças, família. Só me restam os chatos, aqueles chatos dos vizinhos, gritando, correndo, incomodando – mais um ponto pro stress.

Essa é minha vida moderna, esta será minha nova vida, a vida em busca da morte. Sem cuidados ou precauções. Viverei sem romance, apego e chutarei para longe qualquer sentimento que se aproximar.

Continuo buscando a morte, é o que me resta. Amanhã acordarei estressado, fumarei o que puder no começo da manhã, iniciarei minha agenda em busca da morte. Cronograma marcado, pacto cerrado, agora é cada um por si.

Ponto cego da vida, onde nada mais enxergo e como num fim trágico um ou dois chorarão sobre minhas cinzas, sim, pois jamais pagarei para que me enterrem. Minhas cinzas sumirão ao vento de uma manhã chuvosa, no bueiro de uma viela qualquer e com pouco suspense todos saberão que eu ajudei a morte, que foi eu que a escolhi e não o contrário. Eu decretei minha morte, e ninguém mais, eu me mandei em vida e me mandei em morte. Que assim seja.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

fu.ti.li.da.de (lat futilitate)

Atento a muitos pedidos – um ou dois no máximo –, trato neste dia de algo que atordoa a população de forma uniforme, que vem se alastrando e impregnando de forma silenciosa nos âmbitos sociais. Ninharia, insignificância, pouco valor, vão... Tantas são as denominações, os sinônimos, os termos que podem ser utilizados para descrever algo tão frívolo, algo tão fútil como a futilidade.

Pouco importa os verdadeiros valores, pouco importa os verdadeiros sentimentos, a verdadeira verdade, de grande importância apenas o que os outros pensam, veem e comentam. Há graça na demonstração de cada segundo da vida, na exposição de cada passo dado. Para alguns há.

Questiono a audácia de quem se expõem e da forma com que se faz. Palpitações de futilidade por muitos momentos acabam com nossa moral, afinal é uma doença que só há de se alastrar. A internet com certeza gera muitas oportunidades para que se faça válido algo tão inútil. Exibicionismo, mesmo que através de mentiras, apenas para sermos comentados. Isso ai! Não retiro minha pessoa do meio de toda essa falação, pois todos nós estamos um pouco atacados por este mal. O Orkut! Ah, o Orkut! Rei da futilidade, rei da propagação de bobagens, poderoso meio para transmitir a todos um sentimento supérfluo e sem princípios. Rede que nos deixa vistos, e muitos o utilizam para exposição de trabalhos, meio de tirar dúvidas, aproveitar o contato com pessoas do Brasil e até do mundo todo. Há um porém, este “muitos” trata-se apenas de uma força de expressão, pois a grande maioria o utiliza para exposição pessoal, sem fundamento.

Como já citado, a futilidade é pegajosa, é transmissível e ninguém está livre dela. Muitos mantêm o controle, não ousam tanto quanto à exibição, apenas interagem com os outros. Mas não estamos livres daqueles (as) que vivem diretamente pelo exibicionismo. Tudo gira em torno da exibição, já não importa mais o “eu”, apenas aquilo que os outros pensam do “eu”. Essa é uma futilidade moderna, mas não vem de hoje, dar valor a coisas que não o tem, utilizar da superficialidade para viver, mostrar primeiro para depois aproveitar, são todos pontos altos da futilidade embutida na sociedade.

Todos deveriam sair deste mundo imaginário, deste mundo irreal, aproveitar cada minuto sem dar importância aos comentários que a foto renderá, afinal para que foto? Se tudo que há de bom estará guardado em nossas lembranças, as fotos apenas nos farão recordar de algo que sempre esteve ali, mas nunca terão o valor real para quem a vê apenas por ver e não viveu o que passou.

Há um mundo muito melhor, e basta a nós descobrir. Com certeza usufruirei de forma muito mais contemplativa o dia que me livrar deste mal, pois sei que mesmo eu tenho um pouco disso, assim como todos. A partir deste dia serei livre, livre para viver...

Futilidade, inutilidade, superficialidade... Futilidade, futilidade, futilidade. A repetição não fará ninguém melhor, mas abrirá os olhos de muitos (outra vez “muitos” é força de expressão, pois poucos, pouquíssimos – há menos que isso? – quase ninguém lerá isso! (achei)).

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.


Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ein! Escuta essa...(escuta?)

Não sabe contar?

Olha o horizonte e imagina o tempo então.

Como se fosse fácil imaginar o tempo sem sentir saudade.

A intensidade vale mais.

Poderia ser um ano ou um dia.

Não faria diferença.

Acordar na praia.

Ser acordado por ti.

Mundo pequeno.

As lembranças abastecem minha imaginação.

As lembranças machucam meu coração.

A esperança me alivia.

O medo da frustração me atordoa.

Dormir no meu peito.

Olhar teus olhos fechados.

Saber que tu está comigo.

Te olho e não quero mais te largar.

Não te preocupa, tu está segura.

Não tenta me enganar, tu estava dormindo sim!

Risadas não faltavam, nunca faltaram.

Olha! Aquele sorriso novamente.

Que momento, que felicidade.

E o tempo perdido?

A gente pode recuperar.

Há! Pensei, refleti, sorri, chorei, sai, dancei, curti, comi, bebi, conheci, mas jamais esqueci.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Na luta entre bem e mau, o bem somos "nós" e o mau desapareceu...

Deixar de lado aquilo que não importa. Deixar de lado os outros. Deixar de lado ele, deixar de lado ela. Deixar de lado tudo. Deixar de lado todos. Quanta complicação seria evitada se vivêssemos sós numa bolha protetora, onde apenas o que REALMENTE fizéssemos nos atingisse com suas consequências. Perdoe-me pelo egoísmo, perdoe-me pelo egocentrismo, mas porque minha vida importa aos outros? Porque as paredes desmoronam com marretadas de quem nem aqui deveria estar? Fato é que precisamos não apenas cuidar das nossas atitudes, mas agradar a todos para que não tenham razão para nos destruir. Felicidade alheia não é motivo suficiente para deixar tudo como está. É apenas prazer em destruir e em finalizar o que poderia ser perene. Nos basta apenas DEIXAR DE LADO e de forma simples olhar para o “eu e você”, para o “nós” que importa e não para o “eles”, pois o “eles” nos tira o foco da real importância de viver, aproveitar e gozar da vida. O “eles” não tem vida e vive a nossa. Mas no final o “eles” acaba, se contenta ou caí e o “nós” poderá ter seu papel no bem social, fazendo e vendo a felicidade que há tanto nos acompanhou.

terça-feira, 28 de julho de 2009

O Segredo.

Eu acredito, eu quero, eu terei.

"O Segredo". Já leram ou assistiram? Inspirador. Então repito.

EU QUERO, LOGO CONSEGUIREI.

x)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O que mais preciso declarar?

Eis que descobri como podemos nos enganar.

Eis que descobri como as coisas podem mudar.

Eis que descobri que às vezes existem coisas que não conseguimos enxergar.

Não adianta se emocionar, não adianta se aprofundar.

É tudo em vão.

Os dias me explicam.

O tempo gera rabiscos que começo entender.

De que me adianta dar tudo se o que me resta é o nada?

Nada adianta, é assim que deve ser.

Apliquei ao extremo e mesmo assim foi tudo em vão.

Foram dias de conquistas, mas que ficaram no tempo.

Acordo com a cara amassada.

Mas volto a me preocupar, pois não era sonho.

Era real, é real e continuará sendo real.

Gostaria apenas de fechar os olhos e ter horríveis pesadelos

Mas com a certeza que no fim tudo voltaria ao seu lugar.

Palavras sempre foram as mais sinceras.

Jamais menti ou omiti.

Poderia ter sido menos explícito.

Talvez gerasse menos dor.

Talvez não alimentasse tanto essa utopia.

A realidade é essa.

Eu sonhei, eu vivi.

Acordei do meu sonho e agora vivo uma realidade abrupta.

Só quero que todos saibam que ainda continuo aqui.

Meus pensamentos voam, mas eu continuo aqui. Pensara estar sendo perfeito. Pensara estar fazendo o melhor. Pensara que tudo era real. Pensara errado. O momento era real, mas o perene era ilusório. Apenas para vigorar o momento.

Preciso eu declarar mais?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Quão bom podemos ser.


É fácil pedir perdão, é fácil se desculpar. Difícil mesmo é aprender ao errar, é reparar o erro de forma convincente e agir corretamente para próximos eventos.

Passei tempo aprendendo, mas de forma supérflua. Achando que corrigia meus erros, quando na verdade apenas os omitia. Pois o desespero, a preocupação e o medo me fizeram repensar em tudo. Com muita reflexão percebi tudo isso, percebi que meu aprendizado não estava sendo praticado. Errava, mas continuava cometendo os mesmo erros bobos, só que mais “escondido”. Pois na forma de um desabafo, digo que percebi isso. Dei-me conta que o melhor que dizia tentar ser era pouco. Que poderia e posso ser mais, posso corrigir alguns erros que fariam, fazem e farão toda a diferença. Agora a resposta que espero é: quantas “segundas chances” temos na vida?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Beleza? Ela é minha beleza.

Beleza: Perfeição agradável à vista, e que cativa o espírito.

Tantas coisas são belas. A beleza é algo único, provém de vários sentimentos reunidos, sendo assim a beleza não tem e jamais terá padrão, apenas é flexível aos olhos de quem a vê.

Nada mais agradável do que admirar algo belo, seja aquilo que for. Como expressar então o quão bom é ter algo belo? Difícil. A beleza “não-superficial” ultrapassa o tempo, ultrapassa os defeitos que outros enxergam, a beleza é magnífica, é surpreendente, é incompreensível para uns, mas indescritível para quem a vê.

A exuberância não compõe a beleza, muitas vezes a destrói. Hora temos uma busca incansável pela magreza, hora pela abundância, tudo isso para alcançar um padrão que simplesmente não existe.

Eu encontrei a beleza da vida, encontrei algo único e magnífico, algo tão lindo a ponto de muitas vezes não ter certeza se é real, algo especial de todos os modos, uma beleza fundamentada que nunca vira antes.

Não utilizo tantas vezes a palavra “beleza” no texto por falta de prática na redação, talvez não tenha muita habilidade com as palavras, mas este erro foi proposital, apenas para destacar a beleza que tenho em minhas mãos, a beleza que encontrei na minha vida, que conheci em outros carnavais (literalmente). Alguém linda quando toda arrumada, mas linda também quando apenas o abrigo de ficar em casa sobrepõe seu corpo, um corpo escultural pra mim, a minha “beleza padrão”, o que mais agrada minha vista, o que mais atordoa meus pensamentos, a beleza incontestável da minha vida, qual me proponho a admirar todo o dia e o dia inteiro.

Com esta beleza única me vanglorio. Invejosos invejem, pois eu tenho algo único e imensuravelmente belo com qual sonho todos os dias e por muitas vezes não acredito, mas é verdade, eu tenho algo simplesmente perfeito, belo e fenomenal em meus braços.

“Tu é única, linda, formosa, elegante, agradável. Uso apenas essas palavras pra não vulgarizar nada, mas apenas entenda a perfeição que tu é para os meus olhos.”

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Facilidade? Desconheço. Tudo é relativamente difícil.

Tudo é muito relativo, esta parece a resposta para tudo. Jamais paramos de lutar e nunca deixamos de conquistar. As coisas melhoram quando achamos que nossa tarefa está finalizada, já estudamos o bastante, trabalhamos pra mais de uma vida e desta forma conquistamos tudo que queríamos. Pensamento equivocado, apenas uma ilusão para nos sentirmos melhores, descarregarmos todo o peso de nossas costas.

A vida é uma esfera que gira continuamente, não quero filosofar apenas representar de uma forma simples o que penso. Nada é nosso para sempre, mas ao mesmo tempo tudo pode ser nosso, não estou confuso apenas apresento que tudo, neste ponto, é muito relativo.

Nossas conquistas são sempre muito bem aproveitadas, seja na compra de um carro, de uma casa, conquista de um amigo ou mesmo de uma namorada. Aproveitamos tudo ao máximo, porém muitas vezes esquecemos que aquela conquista pode ser perdida na mesma velocidade ou mais rápido que foi conquistada. Perdemos dinheiro em questão de pouco tempo, perdemos pessoas em frações de segundos e aqueles que amamos apenas com palavras proferidas.

O esforço para conquistar algo não pode apenas anteceder o resultado, mas sim ser algo diário, mesmo após termos realizado tudo que esperávamos, pois é deste jeito que precisamos seguir. Sem relaxar, sem cansar, sempre de cabeça erguida, sabendo que temos que lutar até a morte pelos sonhos e realizações.

O mundo não é só feito de pessoas boas, diria até que não existem pessoas boas. Temos pessoas que se importam com os outros, mas jamais levam em consideração quando o próprio bem-estar fala mais alto. Muitos lutam para conquistar aquilo que já tem dono, correm atrás para mudar algo que parece estar perfeito, mas não podemos culpar ninguém, afinal é assim que o “ciclo” funciona. Ao invés de reclamações, devemos lutar, vibrar, conquistar (essa palavra tem muita utilidade), pois perdemos e ganhamos muitas batalhas, mas a guerra é infindável.

Não quero filosofar, não preciso filosofar, são apenas pensamentos surtidos da reflexão, da gana pela conquista e medo pela perda.

Deixo agora algumas palavras, não minhas, mas muito bem aplicadas. Talvez não para todos, talvez para poucos, mas nossas conquistas variam, desta forma até este texto pode ser relativo, dependendo do que será interpretado por quem o ler.

Eu tive o privilégio de saber o que é o amor. Sem limite, a descoberta do verdadeiro amor. Descobri que a paixão e o amor são duas coisas totalmente diferentes. A paixão dura apenas um pouco e o amor dura tudo, o amor é pra sempre. A paixão é apenas uma reação química, com direito a adrenalina e tudo. O amor é um sentimento. Uma energia capaz de fazer esse sentimento ser eterno. Quando duas pessoas se amam de verdade, são as almas que se amam. E quando as almas se amam esse amor é eterno.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

São os 34!

34 %, pois é este o valor dos impostos sobre os medicamentos. Para aquisição do carro próprio pagamos 41 % de impostos, valor altíssimo para o retorno que temos. Não me importaria de pagar imposto se recebesse meu dinheiro por meio de serviços do governo. O que acontece com estes 34 por cento de impostos que pagamos sobre os remédios? É meio óbvio e não precisaria ser dito que gostaria de receber estes tributos na forma de atendimento médico, um plano que me dê tranquilidade e saber que não me preciso me preocupar, pois se adoecer o governo cuidará de mim, nestas condições tudo bem, não teria coragem de reclamar por impostos menores.

Mas então pagamos tributos altíssimos e não vemos retorno. Nosso dinheiro se perde, ou melhor, se transforma, assim como já dizia nosso caro amigo Antoine Lavoisier ["Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."], amigo seria exagero, tudo bem. É uma transformação incrível, sai de nossos bolsos e vira jatinhos de luxo, viagens ao exterior, sustento de madames desocupadas e isto tudo de baixo de nosso nariz. Mas o único sentimento que nos domina é a raiva que antecede uma impotência total, pode ser impotência por falta de vontade ou por falta de capacidade, tanto faz, sobretudo é uma impotência que me incomoda e pouca, ou nenhuma ideia eu tenho sobre como reagir.

Continuamos pagando tributos, vendo os escândalos, nossos políticos dizendo que pouco se importam com a opinião pública e o dinheiro que por mérito nos pertence se esvaindo. É um assunto complicado, uma quadrilha enriquecendo com o “crime organizado”, este sim é o CRIME e muito bem organizado. 

Contudo continuamos trabalhando e seguindo nossa utopia, alguns ignorando tudo, outros escrevendo besteiras como este texto achando que deste modo o sentimento de culpa passará e muitos outros, estes os espertos, se juntam a toda essa roubalheira, seja direta ou indiretamente. Espertos que de algum modo ganham, votando por troca de uma cesta básica ou mesmo omitindo crimes absurdos. Mas eu prefiro continuar do meu jeito, sendo burro e trouxa, mas politicamente correto (não que seja mesmo, mas pode ser que alguém pense isso), e quem sabe um em um longínquo tempo encontro muitos outros que nem eu, deste modo a minha revolta servirá para alguma coisa e a última risada será a melhor.

E hoje a gasolina está barata, em poucos lugares, mas estamos livres de impostos por um dia, em alguns lugares, mas fico feliz por aqueles que podem gozar desse feito e se tudo correr bem eles sentirão falta dessas horas de alegria, assim logo podemos tomar alguma atitude.  Utopia sem fim. 

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Uma rebeldia inacabável.

Todos querem se rebelar, poucos sabem contra o quê ou mesmo o porquê. Um sentimento de liberdade que acaba se transformando em libertinagem. Apenas por rebeldia muitos seguem ideais absurdos, os quais muitas vezes nem sabem o real significado. Com tantos movimentos, lutas e “rebeliões” este é um assunto que em minha simples opinião deve ser destacado e comentado com muita cautela.

O assunto a ser tratado não tem relação à opinião política (talvez para alguns tenha), enfim trato apenas como uma complexa incógnita. Compreendo que, por natureza, todos procuram a liberdade, o direito de ir e vir, fazer o que bem entende da vida sem ninguém “metendo o nariz”. Então seguindo esta linha talvez a melhor saída seja o protesto, a saída às ruas, quando necessário, desde que não calemos para a minoria.

Neste contexto nada mais conciso que o “grito”, reunir o maior número de pessoas, e todos lutarem pelos ideais, deste modo: Viva aos estudantes, professores, esquerdistas (se é que se pode usar este termo ainda, pois desde 2002, tudo ficou muito mais relativo) e todos que seus direitos buscam. Mas eis que surgem algumas pequenas objeções. Será que isto não seria uma busca infinita pela liberdade? Algo apenas pelo prazer da rebeldia? Pergunta sem resposta. E aqui os protagonistas da questão jamais darão o braço a torcer. 

Todos seguem um ideal muito específico, claro e de fácil compreensão. “Queremos melhores condições, estabilidade, uma vida digna para nossos filhos.” – proclamam “eles”. Aliás, estabilidade é uma palavra que me faz rir. Questiono-me por qual motivo tanto exigem essa tal estabilidade? Certamente é uma busca por “melhoria” que logo querem findar. Querem receber, mas não trabalhar (ou trabalhar pouco, “apenas se possível senhor”) e quem não se unir a esta meia dúzia trabalhará para sustentar aqueles que a estabilidade tanto solicitam.  Pois em quem pensam estes “protestantes”? Dizem que querem o bem maior, mas não se preocupam com o bem do trabalhador (digo o trabalhador de verdade, não necessariamente o pobre, mas o trabalhador que também conquistou algo na vida [ou o que busca conseguir com esforço próprio]), não estão nem ai com a população em geral e só visam o bem-estar do povão.

Ficaria feliz e agradeceria se estes, com seus protestos e badernas, atingissem os políticos de alguma forma, mas não. Apesar de tantos escândalos nos últimos anos nada se fez, o “intocável” do Planalto provou que o adjetivo não foi em vão. Acredito que o protesto é o meio ideal para conseguir aquilo que não foi resolvido diplomaticamente. Mas a pergunta que faço é: até onde podemos chegar com este protesto? Acredito ser errôneo, por exemplo, o fechamento das ruas, o que acaba atrapalhando aqueles que não se unem ao protesto. Vamos atacar quem deve ser atacado, protestar, mas com consciência, lutar pelos nossos direitos sem perder respeito e sabendo dos nossos deveres. Enfim, nos rebelar sem perder a razão, com força e respeito.

Em suma, são muitas exigências, mas sem nenhuma boa intenção. Não se luta pelo direito de trabalhar, de conquistar o que se quer e sim pelo direito de não fazer nada, de receber pensão, de ser sustentado. Em um país onde ninguém é de ninguém, nada é de ninguém, e tudo é de todos. E eu como um acomodado, para quem gosta de badernar pelas ruas sem nenhum objetivo explícito, apenas observo analisando onde vai parar e se vai parar, para quem sabe um dia, num longínquo tempo, protestar de forma humana sem queimar nada, sem destruir nada, apenas lutando por um ideal, que de certa forma mudará minha vida para que possa conquistar o que é meu ao invés de roubar por tabela. 

 

terça-feira, 5 de maio de 2009

Após algum tempo sem postagens, por falta de tempo e criatividade (me limito apenas a esses fatores), venho apenas para trazer um assunto que está em pauta no momento. Assim que possível trarei algo mais interessante, mais “trabalhado”, e que instigue a leitura. Então continuemos com um resumo da minha opinião sobre assunto tão falado nos últimos dias.

Em meio a tantos problemas, buscamos soluções. Autodestruição é a resposta. Assim, a solução é evidente.Então por que não mudamos? A que ponto terá que chegar para que se faça entender o quão essencial é o cuidado e zelo por tudo que usufruímos?  Talvez essas sejam perguntas sem respostas, ou com respostas ocultas, que não queremos revelar.

Agora sofremos com febre amarela, gripe suína e com certeza virão mais. Febre amarela há muito estava “extinta”, e agora voltou. Espalhou-se pelo Brasil, afinal não tivemos atitudes suficientes dos governos para que pudesse limitar a área de risco. Pois então, me deparo com as notícias da nova gripe, a suína. Teve início no México, e em poucas semanas (dias, melhor dizendo), aterrorizava o mundo. Nosso presidente critica a falta de prevenção do governo mexicano, e o atraso da comunicação às outras nações sobre a doença, pois não passou de um “déjà vu” do que aqui também era fato, claro que com dimensões maiores, mas mesmo assim a falta de cautela predominou.

A gripe suína não é algo muito preocupante, depois de muitos testes, e dias de pavor, notícias de que a doença não era tão mortal, acalmou muita gente aflita. Preocupamos-nos então com nossa “doença da vez”, que ao contrário da nova onda dos hipocondríacos, é significativamente mais letal.

Em suma, são novos problemas, os quais somos responsáveis. E a pergunta se repete: a que ponto as coisas terão de chegar?

 

 

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Grandes amigos americanos...

Pois agora nosso presidente ganha mais um companheiro.

Na reunião do G20 há alguns dias, surpreendo-me com a exaltação de Barack Obama com relação a Lula. Em meio aos cumprimentos, Obama solta os seguintes elogios: “This is the man...I love this guy! The most popular politician on earth...it’s because his good looks!”.

 

Muito elegante por parte dele. Agora pergunto. Por quais motivos Obama “puxaria o saco” de Lula de tal forma? Será que a popularidade do nosso atual presidente não tem fronteiras? Com certeza não é esse o motivo.

Como o presidente dos Estados Unidos proferiu: “The most popular politician on earth...it’s because his good looks!”, e realmente este é o nosso presidente, consegue agradar a todos, com seu passado de “trabalhador”, vindo da pobreza, político do povo, conquista muitos aliados, e esta popularidade é benéfica para quem fica do seu lado.

O Brasil, apesar de ser um país de terceiro mundo, com muitos problemas, ainda é melhor que a maioria dos irmãos sul-americanos. Deste modo, muitos deles dependem de nós, precisam do Brasil para “sobreviver”, sem contar que Lula é muito bem visto pelos presidentes “companheiros”.

Os E.U.A nunca tiveram uma relação muito amigável com os países sulistas do continente americano, e agora com seu novo presidente, sabiamente procuram atalhos para buscar esta “aliança” e finalmente serem bem-vistos por todos. A popularidade do nosso presidente é uma forma muito simples de Barack Obama iniciar uma “amizade” com muitos países sul-americanos. E com certeza ficar contra o presidente Lula não seria inteligente (mas também não precisa puxar o saco, ou precisa?).

Bom, acredito que Lula fará bom proveito desta amizade que está se consolidando, apesar de muitos defeitos, ele sabe ser um bom político, e conquistou um homem muito importante, em todos os sentidos no mundo. Só espero que não fique de “bola cheia” e estrague tudo, de uma forma ou de outra. Veremos em que fim isto vai dar.

 

Falando nisso houve outro rumor equivocado. Quanto a foto tirada no mesmo encontro, na qual Lula senta ao lado da rainha Elisabeth, muitos pensavam: Olha, a popularidade dele chegou até a monarquia. Pois, como já citei, foram pensamentos equivocados. Tem-se por “regra” que o chefe de um país com mais tempo de mandato sente ao lado da monarca, e não é escolhido a dedo quem mais a satisfez. Ou seja, o motivo de orgulho para os esquerdistas que se gabam pela popularidade do presidente pode baixar, pois tudo isso aconteceu apenas para seguir o protocolo.

 

Para quem lê este texto hoje, pode perceber que não tenho muitas queixas do nosso presidente, pelo contrário, ainda o elogio, mesmo que de forma meio acanhada. Mas não pense que as críticas acabaram. Apenas o cansaço me consumiu. Difícil repetir sempre as mesmas coisas, às vezes devemos usar o pouco otimismo que temos para diversificar, para que deste modo, as forças sejam retomadas, e no dia seguinte todo o pessimismo possa ser revelado novamente. A minha essência pessimista não acabou, então termino os tranquilizando. 

sexta-feira, 27 de março de 2009

Vale a pena ler.

Trago hoje trechos de duas colunas do jornal "O Sul", do dia 27 de março de 2009, popular hoje. 

Políbio Braga. O Sul - 27 de março de 2009.

"Vale-casa, sim, mas sem compromisso.

É que o governo explicou em alto e bom som que não sabe quando entregará as casas que prometeu. De olho em 2010 e em Dilma, o governo federal fará novos lançamentos nos principais Estados. Vale-casa, sim, mas sem compromisso. 

Dá para imaginar o que diria a oposição, caso a governadora Yeda Crusius anunciasse um programa de asfaltamento de todas as rodovias gaúchas, sem assumir o compromisso de entregá-las em algum momento da história. Isto até nem é o pior. 

O governo Federal resolveu fazer demagogia barata em cima de crise global, e não se dispôs a prevenir, circunscrever e ultrapassar, e dentro das medidas mitigatórias que anunciou, incluiu o benefício de dois meses suplementares de seguro desemprego para todos. Sem fazer as contas, descobriu que não tinha dinheiro para bancar o benefício. Assim, dos 1,5 milhão de trabalhadores demitidos em dezembro, resolveu pagar apenas 103 mil deles - 82% dos quais em São Paulo, porque se sabe que Brasil é apenas São Paulo. "

Clésio Boeira - O Sul - 27 de março de 2009.

"Discretamente - Estudantes fizeram uma caminhada, ontem, do Colégio Júlio de Castilhos até a Praça da Matriz. A maioria estava com a cara suja de tinta. Talvez tenha sido uma espécie de máscara para esconder a vergonha por não terem saído às ruas para protestar contra o mensalão, no governo Lula, o maior escândalo de corrupção da história do Brasil. A "quadrilha", como definiu o procurador da República, Antônio Fernando de Souza, movimentou perto de R$ 60 milhões, sem contar o que teria sido depositado no exterior. 

Olhos azuis - A demagogia pode ser racista, sim. Leia a declaração do presidente Lula ao se encontrar ontem com o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown: "Não podemos permitir que os pobres paguem por uma crise feita por ricos, sobretudo porque ela não foi gerada por nenhum negro, índio ou pobre. Essa crise foi feita por gente branca, de olhos azuis, que, antes da crise, sabia tudo e, agora, não sabe de nada."

Concluo, após muitos dias de reflexão e um auxilio de opiniões lidas e ouvidas, que Yeda, com muitos méritos no estado, estes não levados em consideração pela população leiga, é uma ótima economista. E com muito empenho, quando o estado estava falido, conseguiu zerar o déficit gaúcho. E Lula? Ele com certeza perde feio para Yeda, afinal nossa governadora consegue administrar o estado de uma forma muito mais convincente. No entanto nosso presidente é um ótimo, um excelente, e por que não, extraordinário político. É um "paizão" dos pobres, consegue derrubar qualquer boato que possa incomodar seu mandato. Esta é a diferença, uma grande administradora, mas com o maior poder está aquele que cai no gosto do povo sem muito esforço. 

Quem sabe, um dia achamos alguém com ambas as qualidades. (Duvido!)

 

quinta-feira, 26 de março de 2009

Tempos que não voltarão... e nem precisam voltar.

Jamais sairá da cabeça aquela utopia de quando criança. Quando não conhecia a verdade, não era assolado pelas notícias da TV, manchetes sujas de sangue. No tempo que minha maior preocupação se fazia pela morte dos “Mamonas”, que teve tanta influência em minha vida. As informações a mim não chegavam, não conhecia o passado e nem imaginava o futuro, acreditava que a perfeição existia e que todos viviam bem. Não sabia de guerras (não sabia o significado da palavra guerra), nem de genocídios, minha mente era livre de toda e qualquer preocupação. Bons tempos os que problemas não existiam, e mesmo que existissem um choro bastava. E eu, mesmo ainda jovem, já sinto falta da mente livre, sem os problemas corriqueiros.

 

Mas aqui estou, e voltar no tempo não consigo. E se pudesse? Não voltaria mesmo assim. Afinal a falta da “vida fácil” é sentida, mas nada pode substituir a experiência de vida, aquilo que “catei” pelo caminho, as pessoas que ficaram, e mesmo aquelas que logo saíram. Faça-se uma reflexão (e agora na 1ª pessoa do plural), como reclamamos, o quanto culpamos os outros e o quanto fugimos dos problemas. Não temos vontade e muito menos coragem para enfrentá-los, só o fazemos se não há escapatória, mas estes, os nossos problemas, são os responsáveis pelas melhores experiências e aprendizados da vida. Através deles unimos todas as forças para chegarmos ao “final” e neste caminho, ou mesmo quando findamos esta trajetória, é que encontramos tudo e todos que marcarão nossas vidas.

 

1ª pessoa do singular...

 

Então com estes pensamentos certamente sempre resolverei qualquer coisa, passarei por qualquer obstáculo e se realmente quiser, o final que eu espero sempre será alcançado. É assim que as coisas acontecem. Nada é por acaso e tudo é resultado de um grande esforço, de muita dedicação. Nunca digo e jamais direi que “a sorte está ao meu lado”, pois deste modo no fim de tudo o mérito jamais será meu. E a minha luta por qualquer que seja o objetivo terá sido em vão, afinal a melhor forma de aliviar uma dor é chegar ao final e poder comemorar e gozar de todos os esforços antecedentes.

 

 

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ironias e desabafos...

Deparo-me com uma página no Jornal “O Sul” repleta de frases do falecido Clodovil. A que mais me chama atenção segue abaixo:

 

“Ele [presidente Luiz Inácio Lula da Silva] é uma pessoa, merece respeito. Agora, no cargo hierárquico mais importante do país, não posso respeitá-lo. Ele sai de uma quadrilha, sai de um Ali Babá e vira Herodes, começa a pagar 80 reais para crianças nascerem e depois morrerem de fome. E, depois, as besteiras que ele disse, comparando-se a Jesus Cristo, a Tiradentes. Ele é um anormal, não pode ser uma pessoa normal.”

 

Clodovil criticando Lula antes de concorrer a uma cadeira da Câmara dos Deputados, em 2006.

 

Grande coragem para falar aquilo que pensa sabendo que a mídia trataria de publicar. Todos sabem que ele não tinha vergonha nem medo de falar nada, e tudo que proferia causava impacto e muita discussão. Apesar de muitos despreza-lo (inclusive este que escreve), não gostar de suas atitudes, as verdades ditas são, com certeza, algo que ficará marcado e merece os parabéns. 

 

Falando nisso I

 

Falando no presidente do país que tanto me orgulho (não sabem o quanto), sua aprovação mediante a população caiu (finalmente). Caiu pouco, mas com os resultados de pesquisas feitas até hoje qualquer queda é sinônimo de alívio (para mim pelo menos). Se esta aprovação “astronômica” continuasse certamente um terceiro mandato estaria a caminho (e ninguém me convence que não). Espero que Dilma, não caia no gosto popular assim como o atual presidente.

 

Falando nisso II

 

Esquerda, quadrilha, etc (me limito a essas duas). Isso me leva a outro assunto, no qual não preciso me aprofundar. A manchete já diz tudo: HUGO CHÁVEZ DIZ QUE BARACK OBAMA É UM “POBRE IGNORANTE”.

Faltam-me palavras após este comentário. Principalmente vindo de uma pessoa tão inteligente, que certamente freqüentou muitas aulas junto com seu “colega” brasileiro (sabem a quem me refiro). Certamente levará algum tempo para que consiga refletir sobre o assunto e criar um texto conciso expressando minha opinião. Então deixo apenas a manchete para todos refletirem.

 

Ser irônico me faz bem...

 

 

sexta-feira, 6 de março de 2009

Impunidade

Consciência: verdade; honestidade; retidão; honradez; conhecimento, ciência; fato que produz remorso.

Palavra que sintetiza boa parte do que nos falta. Já não temos honra, não temos dever com a verdade, nos falta lucidez para diferenciar o certo do errado, achar o culpado já não é mais nossa principal tarefa, mas sim não deixar que nos culpem. Todos vivem em meio à desconfiança, não podendo crer nem nos entes mais próximos. 

Não somos honestos, não somos honrados, não fazemos questão da verdade, logo vivemos inconscientemente. Não medimos nossos atos, pensamos apenas naquilo que nos beneficiará. Somos inconscientes e inconsequentes. Pela primeira vez generalizo. Não me limito a falar dos outros, não falo apenas de quem já foi posto a prova, afinal será que faríamos o mesmo no lugar “deles”?

 Certamente algo para se refletir...

Falo agora sobre impunidade. A impunidade no Brasil, as leis que não funcionam. Escutei um comentário e sobre o mesmo refleti. Tal foram as palavras: “As punições dos bandidos são mais eficientes que as da polícia.” E tenho que concordar com esta afirmação, afinal isso é fato. Sempre surge um comentário do tipo: “Espera este pedófilo ir para a prisão, vai virar mulherzinha!”, botamos nossa fé de punição naqueles que deveriam ser punidos, e fazemos isso como pessoas desesperadas que somos, pois não podemos mais acreditar que alguns anos de cadeia trarão algum resultado. Este pensamento é consequência da impunidade, da revolta. Estamos chegando ao limite da paciência.

E sobre o casal jogado de um precipício? O que aconteceu com os marginais que fizeram isso? Apanharam, e agora estão presos. Apanharam de quem? De traficantes, esses que, apesar de estarem fazendo algo ilegal, ainda seguem alguma lei, têm princípios, não toleram violência como esta ocorrida. Talvez algumas mudanças no modo que tratamos os marginais brasileiros seja a saída, a solução para muitos problemas.

Agora para finalizar posto uma notícia:

IRANIANA VAI QUEIMAR O OLHO DO “EX-NOIVO”.

A iraniana Ameneh Bahrami, 30 anos, que ficou cega em 2004, ao ser atacada com ácido pelo ex-namorado, após recusar proposta de casamento, decidiu aplicar a chamada lei do talião. Ela é permitida pela legislação do Irão, que consiste na reciprocidade do crime e da pena.

Ameneh, que vive em Barcelona (Espanha), onde passou por diversas operações nos olhos, diz que negou o pedido de piedade do autor do crime, que era seu companheiro de faculdade. Ela lembrou que o homem não teve compaixão ao cometer o crime.

A iraniana afirmou, inclusive que ele terá sorte, pois será anestesiado antes de levar gotas de ácido no rosto. Na quarta-feira, ela esperava uma carta judicial para viajar ao Irã. Embora não seja capaz de cumprir a sentença por estar cega, garante que “há muita gente que quer fazer isso”.

EXECUÇÃO – Segundo a legislação iraniana, Ameneh só poderá cegá-lo de um olho caso não pague os 25 mil dólares exigidos para executar a sentença total, já que, de acordo com as leis do país, a mulher só vale 50% do homem.

Em 2002, ela estudava eletrônica numa universidade em Teerã quando conheceu o jovem Majid Movahedi. “Ele enlouqueceu por ela”, comentou Aziz Movahedi, pai de Movahedi. Entretanto, Ameneh não correspondia a seus sentimentos. Em 2003, a mãe dele visitou os pais de Ameneh para propor o casamento dos filhos. “Eu recusei educadamente”, afirmou Ameneh.

AGRESSÃO – Movahedi não aceitou a recusa e começou a esperá-la na porta do trabalho. Um dia, ela estava em um parque quando alguém bateu no seu ombro. Ao virar-se, um fluido que queimava espalhou-se pelo seu rosto. Segundo os médicos, a iraniana que fugiu do Irão por medo, vive sozinha há quatro anos em um quarto alugado graças a ajuda de 500 dólares do governo espanhol. Ameneh chegou a manter 40% de visão em um olho, porém, uma infecção a deixou totalmente cega.

 O Sul, 06/03/2009.

O sentimento de impunidade passa longe com essa notícia, é “olho por olho”, literalmente. Nada mais justo que a punição na mesma moeda, já que tudo foi feito conscientemente por Movahedi. Enquanto a vítima não tem tempo de se defender, o criminoso, que normalmente faz tudo conscientemente tem direito de defesa e a punição nunca é tão grande, afinal na prisão tem refeição, lugar onde dormir e tudo isso pago com nosso dinheiro, com o dinheiro do lesado, de sua família, de seus amigos. Isso mesmo nós financiamos o “bem-estar” de quem nos prejudica. É assim no Brasil, neste país de impunidade, de inconsciência, de desculpas, de mentiras. Torço para que um dia consigamos seguir alguns exemplos do oriente, não precisamos ser tão extremos, mas achar o culpado e puni-lo de forma convincente já é o suficiente. E que assim possamos acabar com boa parte dos criminosos, inclusive com aqueles que vemos todos os dias na mídia de terno e gravata.