Era apenas um quarto escuro que em minutos se transformou no “bloco A” das inspirações. Os gritos ecoavam pelos corredores silenciosos, se é que havia corredores – se realmente houvesse seria mais assustador, mais enigmático, mais interessante –, havia sim um corredor, mas que não levava pra lugar algum. Um corredor de pouco mais de dois metros, não era como nos filmes. Mas nada de importante acontece no corredor, afinal era apenas um quarto.
O começo de um novo dia – meia-noite – tornara as inspirações mais fáceis, a chuva torrencial ocasionou um enigmático clima de loucura. Fácil não dormir. Difícil seria apenas se quisesse, de fato, manter os olhos abertos. Quantas divergências.
Ora iluminado, ora na escuridão. Era apenas um quarto escuro, mas apenas em linguagem figurada, pois a claridade estava a um toque. A escuridão é melhor, ainda mais para pensar e refletir. Quantos caminhos abertos e o cair da noite faz enxergar tudo. Pensar nas palavras proferidas e naquelas que ainda estão entaladas. Glória ao cair da noite.
Uma noite de inspiração, mas apenas para bobagem. Dedicado então a falta de sono, as inspirações catastróficas, as esperanças, a visão do futuro, aos novos planos, a leitura das mentes, as novidades da vida e finalmente ao quarto escuro, perdido em meio à chuva que não poderia passar em branco. Numa noite escura por dentro, mas com claridade sobrando do lado de fora. Ah sim. O quarto escuro, o corredor, tudo uma casa. Escuridão apenas por falta de vontade de acender a luz, e a claridade do lado de fora, postes de luz. É quinta-feira – passados apenas cinquenta e sete minutos deste dia – e noite adentro vivo expectativas para os próximos dias, meses e talvez até anos.
Quanta bobagem.
Abandonaste teu blog, caro amigo?
ResponderExcluirNão!!! Só alguns motivos que me impediram de postar por algum tempo (na maior parte, o grande vilão é a falta de tempo). Mas logo espero voltar, e postar de forma mais constante como fazia antes. Abraços.
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