terça-feira, 29 de junho de 2010

À La Pulp Fiction

Não sei ao certo se são os filmes, livros e seriados, ou até mesmo as novelas, que imitam a vida, ou se a vida imita toda essa ficção. Filme de terror, fim do mundo ou amor de novela. Das duas uma, ou temos muitos bons escritores, ou bons “inventores”. A regra é clara: não copie, ou copie com muito boa alteração. Não deixe ninguém descobrir. 2012 é um bom exemplo; é como a história do ovo e da galinha: o que veio primeiro?

Eu tento entender de onde vem toda a inspiração de tanta coisa boa, uma pena é que para isso não possa usar minhas pobres e tristes histórias. Vejo a juventude – pobre juventude – que atrás de filmes, cultivam história de vida sem sentido. Acreditam num conto de fadas impróprio para qualquer boçal.

Há quem baseie qualquer modo de vida nas dramáticas aventuras casuais da “moda”. Moda é muito mais que a última coisa lançada, a coisa da hora. Moda é a regra de quem não sabe o que fazer. A moda de hoje possui um nuance, de ser burro à ser burro e tentar ser culto. O que é um grande problema para quem tenta, a qualquer custo fugir da moda. Agora virou moda o que se pensa; ser de direita, de esquerda, emo ou preconceituoso, tudo é moda, nada é ideal.

As pessoas estão virando cultas para seguir a moda e não por gosto. Precisam copiar a ficção. Ler o que todo mundo lê, pouco se importando para o que seu gosto diz. Pseudo-inteligência está virando moda. Talvez seja algo bom; não para quem já entrou no “trem” há mais tempo. Quem iremos excluir? Inclusão só é bom para quem está incluso, ou melhor para quem será incluído. A tradição excluiu a novidade.

Pois bem, não sei se a massa copia os poucos com criatividade, ou se a massa é copiada pelos espertalhões. Esses que ganham dinheiro com a realidade alheia. O que sei é que se podemos copiar a ficção, quero viver “à lá Pulp Fiction”. Grande novidade.

7 comentários:

  1. Marco

    A moda agora é não ter personalidade.
    Como educadora que sou, diariamente faço reflexões sobre como as pessoas agem (agimos) na sociedade e o que eu poderia fazer para tornar os meus alunos, indivíduos mais sábios e autênticos. Instigo-os para que reajam de maneira muito pessoal à tudo que os rodeia.
    Confesso que é difícil. Mas, não custa tentar, não é mesmo?

    Gostei do texto e da reflexão.
    Um abraço amigo,
    Michele

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  2. Primeiramente, sempre gratíssimo por tua visita. A primeira frase do comentário sintetiza tudo: "A moda agora é não ter personalidade.". Isso mesmo. Ninguém mais tem personalidade, muito menos a vontade de ter personalidade; Não custa tentar, e acho digníssimo quem ousa tentar, o que pelo que se sabe são poucas pessoas. Há de se convir que nem todos tem a "estrutura" para saber o quão importante é - como tu mesmo falou - "reagir de maneira pessoal à tudo que nos rodeia", e nós precisamos fazer o papel que nos convém para mudar isso.
    Obrigado mais uma vez por passar aqui e fazer parte das minhas reflexões.

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  3. É bizarro como as modas são cada mais efêmeras, passam tão rápido que a gente nem sabe por que aquilo nos chamou a atenção. Filme, livro, música, roupa, bar, restaurante, gente... um dia é moda, no outro, página virada. E a gente consumindo, devorando, e se consumindo.

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  4. Talvez essas sejam as arte-manhas para vender, para enlaçar o consumidor num ávido consumismo. Hoje tudo surge e some mais rápido, como tu mesmo disse: é bizarro. São poucos que têm o preparo suficiente para fugir desse emaranhado de "informações". Obrigado pela leitura. Majestosa gratidão.

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  5. Boa reflaxão.
    E quem sabe a moda não é para isso? Refletir.
    É mais fácil do que parece convencer à muitos a seguirem sua ideia e na busca por sermos aceitos seguir qualquer modinha se torna comum.
    Olhando assim, isso me parece bom, pois é igualando a todos que o diferente se destaca.
    Talvez, né. 8-)

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  6. Pois é, então assim como tu fez te elogio pela "contra-reflexão". hahahaha Talvez seja essa uma das partes benéficas da moda. Porém continuo vendo mais malefícios do que qualquer coisa. hasuhasuashas
    Obrigado pelo comentário e por passar aqui.

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  7. Marco

    Dediquei um post a comentar sobre o meu e o teu posicionamento a respeito do CQC. Passa lá quando puder.

    Bjs

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