quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Da cerveja ao vinho, do inverno ao verão.

Assim como as estações, a composição de álcool posta no corpo varia no ano. Entre o vinho e a cerveja – vinho no inverno e cerveja no verão; ainda que não haja regra para tal consumo alcoólico, o curso natural nos leva a saciar nossa sede física e mental com formas diferentes de nos entorpecer.

A cerveja sempre mais gelada, descendo redonda independente da marca, os lábios molhados só por deslumbrar o colarinho branco que vive seus últimos minutos de vida, o copo suado refrescando os dedos que o envolvem, logo a sensação de frescor pode ser notada. Se for à latinha, o sonoro da mesma se abrindo... Indescritível, animador, incrível.

Já o vinho, por mais fresco que possa parecer, na verdade não tem tanta frescura. Não há o barulho de latinha descerrando, não é bonito ao ser despejado ao copo, nem mesmo traz a graça do refresco. Bebida de inverno. Os lábios ainda criam seus sinais, tingidos com corzinha de uva - “bebeu vinho que eu sei”, “ta azul de tanto vinho” –, pois bem, sua exclusividade não é o inverno, mas sim a dor de cabeça que proporciona no dia seguinte. Mesmo assim a sensação e o gosto por ingeri-lo podem ser descritos com os mesmos adjetivos impostos à “ceva nossa de cada dia”.

A cerveja une os amigos – o vinho também. O vinho traz felicidade – a cerveja também. Da cerveja nascem as bobagens, mas não podemos esquecer-nos das proferidas depois de um copo – ou meio “litrão” – de vinho. Unidos por um mesmo propósito, acompanhando-nos por entre os dias de calor, por entre os dias de frio, não tem hora e nem lugar, estamos livres para escolher entre os dois tão bem quistos companheiros, ora o vinho, ora a cerveja.

Bebendo vinho ou cerveja, o importante é saber apreciar o que cada um tem para nos oferecer, e sempre o mais importante: fazê-lo entre os melhores amigos.

2 comentários:

  1. Indubitalvemente correto. Importante salientar que muitos - geralmente faladores, ou popularmente "matraquinhas" - protestam contra o "terrível" e "maléfico" álcool. Só mostre um excerto dessa reflexão para esses bobões revolucionários; vá ver ainda pisam um pouco no chão.

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  2. Com certeza. Teus comentários fecham exatos com minhas ideias. hehehe
    Valeu mais uma vez cara!
    abraço

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