segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Uma noite de cabeça alta

Há tempo a loucura não tomava conta de mim com tanta veemência. No estalar da noite, a insobriedade era evidente e como poucas já vista. Com tanta alucinação, as risadas tornaram-se constantes e sintomáticas. Pode cair no esquecimento, ficar apenas entre cogitações, ou ser levado a sério, mas a importância é unicamente pela emoção da “doideira”. Os momentos são marcantes e cômicos, como se a realidade invadisse o mundo dos sonhos, e vice-versa.

Para deixar visível a semelhança com outros instantes, nada melhor que assombrar o momento com um pouco mais de loucura, não deixando que a ocasião tome conta de si, mas o oposto, tomar conta da ocasião, vivendo em uma sintonia incomparável. O mais impressionante de tudo isso, é a facilidade com que vocábulos sem sentindo – ou mesmo aqueles que parecem ter coerência – ultrapassam os limites do corpo e da alma.

Um encontro espiritual, pode-se dizer; infelizmente impossível de cair no entendimento de quem apenas usufrui como espectador, embora as risadas nos larguem no engano, com a falsa esperança que todos vivenciam aquilo com a mesma intensidade. Um andarilho insolente, mas certas vezes carinhoso, mesmo que seja tudo uma farsa. Uma noite que a loucura tomou conta, assim são “As Noites”, “Os Dias”, mais nada se têm a declarar.

2 comentários:

  1. Confesso : nunca experimentei tal intensa experiência; é de se invejar quem o consiga nessa facilidade.

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  2. Intensidade nunca está junto com facilidade! A batalha é árdua HUASHASUAHSUA
    Valeu por passar aqui pelo blog. Abraço

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