sexta-feira, 23 de julho de 2010

Passa a máquina!

Cortar o cabelo é mais que uma arte. É um gasto. Às vezes acho que um gasto desnecessário, afinal a gente corta pra crescer de novo. Por esse e por outros é que tenho vontade de comprar uma máquina e simplesmente raspar todo mês. Ainda não criei coragem. Quando era novinho eu gostava, era bom andar de cabeça raspada; bom mesmo era quando o pente da máquina do ‘barbeiro’ escapava e o cabelo ficava mais curto do que o esperado. Hoje eu não vou mais ao barbeiro; vou ao cabeleireiro, porém isso não me faz menos homem, faz? Pra começo de conversa, ele é ele mesmo. Tão ele que os papos de zona até enchem. Ta! Mentira, não é pra tanto, mas a história pra fica boa precisa ser aumentada, óbvio.

Eu já pensei ser menos homem por cortar o cabelo com quinze reais num ‘cabeleireiro’ a cortar num ‘barbeiro’ que me cobraria seis. Mas foda-se. Sei que isso não tem nada a ver. Cortar cabelo é complicado. Ainda mais pra mim. Um dia fica muito curto, outro dia muito comprido, então decidi simplesmente não reparar mais. Como ta, ta bom. Pior que isso, só mulher que vai cortar cabelo mesmo; é impressionante como uma mulher fica impressionada quando um homem não repara nos dois “dedinhos” de corte que ela fez. Aliás, outro absurdo é o preço que uma mulher paga pra tirar aqueles dois dedinhos. Assim fica fácil entender porque todo cabeleireiro vira veado e vai cortar cabelo de mulher. Homem não dá lucro.

Mulher ao menos fica bonita. Nem todas. Mas se esforçam; pagam caro pra tentar encontrar a beleza. Uma boa saída pra mulher que se acha muito feia seria raspar a cabeça. Duvido que alguém notaria o ‘pneuzinho’ caindo. Viu? Raspar a cabeça é solução ‘unissex’. O cabelo no fim nem é tão importante, tem gente que dá muito valor. Eu não. Tudo bem que não chegaria perto de uma mulher careca, mas faz parte. Gosto é que nem...que nem nada, mas cada um tem o seu.

Eu sempre gostei muito daquela coisa de barbearias, aquelas velhas. Eu gosto de coisas velhas e isso não poderia ser diferente; só não gosto dos velhos que ficam nas barbearias. Lembro que quando criança ficava ‘horas’ olhando pro suporte da cabeça pra fazer a barba pensando pra que servia. Até que resolvi perguntar pro meu pai. Perdeu todo o encanto de ir ao barbeiro. Era só mais um lugar comum, sem mistério nenhum. Acho que foi ai que perdi o ‘tesão’, virei veadinho e resolvi frequentar o cabeleireiro. Faz parte. Eu nunca gostei muito de cabelo, porém não queria uma mulher sem. Cortar o cabelo é uma coisa complicada. Época difícil da vida. A ideia da máquina continua viva; qualquer hora dessas eu compro uma (ou não).

3 comentários:

  1. Posso confessar uma coisa? Não há nada mais gostoso do que homem com cabelo bem tratado e cheiroso, daqueles que a mão deslisa para fazer cafuné.

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  2. Eu sempre tive pavor de barbeiros, quando meu pai me levava com ele, eu achava que o cara iria arrancar o pescoço dele a qualquer momento.

    Acho que realmente essa fase de cortar os cabelos bastante complicada. Mas creio que passei dessa fase hoje, cortei meus cabelos.. e... foram os tais dois 'dedinhos' mencionados por vc, há!

    Mas acho que li seu post tarde demais, deveria era ter ficado careca... E agora? Será que essa é uma fase que voltaremos a ter na 3ª idade?
    (tsc)
    ;)

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  3. É, barbeiro sempre foi uma coisa meio "sinistra"; preferia quando era criança e as coisas tinham um ar de mistério. Hahahaha.
    É um mistério, mas talvez algumas coisas da infância voltem mesmo na terceira idade; sabe-se apenas que em alguns idosos algumas coisas não muito boas da infância reaparece. Hehehe
    Muito obrigado às duas. Sempre grato pelas visitas e comentário. :D

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