domingo, 2 de maio de 2010

Aquele do Filho da Puta

Certo dia, decidi tornar-me algo que jamais fora. Melhor ainda, decidi intensificar uma atitude que por toda a vida preferi não tomar. Decidi ser um filho da puta. Pois neste dia, consegui por em ação o plano de não me importar com o que de fato, não me importa. Conheci um lado que punha a própria pessoa acima de tudo, e deixa de qualquer maneira o resquício de altruísmo que cai sobre mim. Então tomei como atitude não me importar com o que os outros pensassem. Apliquei ao máximo a teoria de que uma massa rochosa protegia-me de qualquer tipo de sentimento maleável. Calei em mim qualquer manifestação que me pusesse em desvantagem. Eis o novo eu.

O mais importante em conhecer uma nova faceta que poderia atuar, foi descobrir o fim, ou o quase fim da mesma. Durante muito tempo desdobrei-me para que todo meu planejamento fosse posto em prática. Planejamento mal feito, mal pensado, mas sob efeito de solução rápida e intrínseca. Tal qual acabara de chegar ao seu fim, pelo menos de forma parcial. Decisões na vida, por vezes devem ser feitas em frações de tempo. Tempo é interessante, querido quando está ao lado e odiado se jogar no time oposto. Pois bem, decidir deixar a faceta que só se importa consigo mesmo, não é uma decisão fácil, mas que precisa foi. O tempo é o mal de hoje. Talvez perca um pouco de uma personalidade. Talvez ganhe. O perigoso de deixar que as coisas voltem ao normal é que o toque de medo que já existiu torna-se presente novamente. Pode ser que essa pitada deixe tudo mais interessante. Impossível saber. Jazem palavras ocultas, entrepostas ou opostas. Jazem palavras oportunas e inimputáveis. Tornar-se-ão prósperas e reveladoras ou inertes.

Palavras pedidas, talvez não dessa forma. Mas da única forma que se pode fazer. Com um louco expelido e uma epifania tosca, mas diferente de qualquer outra. Tendes crer.

2 comentários:

  1. Todos temos um pouco de filho da puta. Resta-nos exercer. Vez que outra, sem querer deixamos isso claro.

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  2. Ricardo, há 20 anos comentando até mesmo os textos mais inúteis meus! HASUHASUASHAUSHAS
    Valeu cara, é sempre bom ter um comentário teu, mesmo quando nada bom sai de algum texto. Só não se pode utilizar de mais esse lado filho da puta. Uma hora cansa. Valeu meu velho! Obrigado mais uma vez.

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