segunda-feira, 25 de maio de 2009

São os 34!

34 %, pois é este o valor dos impostos sobre os medicamentos. Para aquisição do carro próprio pagamos 41 % de impostos, valor altíssimo para o retorno que temos. Não me importaria de pagar imposto se recebesse meu dinheiro por meio de serviços do governo. O que acontece com estes 34 por cento de impostos que pagamos sobre os remédios? É meio óbvio e não precisaria ser dito que gostaria de receber estes tributos na forma de atendimento médico, um plano que me dê tranquilidade e saber que não me preciso me preocupar, pois se adoecer o governo cuidará de mim, nestas condições tudo bem, não teria coragem de reclamar por impostos menores.

Mas então pagamos tributos altíssimos e não vemos retorno. Nosso dinheiro se perde, ou melhor, se transforma, assim como já dizia nosso caro amigo Antoine Lavoisier ["Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."], amigo seria exagero, tudo bem. É uma transformação incrível, sai de nossos bolsos e vira jatinhos de luxo, viagens ao exterior, sustento de madames desocupadas e isto tudo de baixo de nosso nariz. Mas o único sentimento que nos domina é a raiva que antecede uma impotência total, pode ser impotência por falta de vontade ou por falta de capacidade, tanto faz, sobretudo é uma impotência que me incomoda e pouca, ou nenhuma ideia eu tenho sobre como reagir.

Continuamos pagando tributos, vendo os escândalos, nossos políticos dizendo que pouco se importam com a opinião pública e o dinheiro que por mérito nos pertence se esvaindo. É um assunto complicado, uma quadrilha enriquecendo com o “crime organizado”, este sim é o CRIME e muito bem organizado. 

Contudo continuamos trabalhando e seguindo nossa utopia, alguns ignorando tudo, outros escrevendo besteiras como este texto achando que deste modo o sentimento de culpa passará e muitos outros, estes os espertos, se juntam a toda essa roubalheira, seja direta ou indiretamente. Espertos que de algum modo ganham, votando por troca de uma cesta básica ou mesmo omitindo crimes absurdos. Mas eu prefiro continuar do meu jeito, sendo burro e trouxa, mas politicamente correto (não que seja mesmo, mas pode ser que alguém pense isso), e quem sabe um em um longínquo tempo encontro muitos outros que nem eu, deste modo a minha revolta servirá para alguma coisa e a última risada será a melhor.

E hoje a gasolina está barata, em poucos lugares, mas estamos livres de impostos por um dia, em alguns lugares, mas fico feliz por aqueles que podem gozar desse feito e se tudo correr bem eles sentirão falta dessas horas de alegria, assim logo podemos tomar alguma atitude.  Utopia sem fim. 

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Uma rebeldia inacabável.

Todos querem se rebelar, poucos sabem contra o quê ou mesmo o porquê. Um sentimento de liberdade que acaba se transformando em libertinagem. Apenas por rebeldia muitos seguem ideais absurdos, os quais muitas vezes nem sabem o real significado. Com tantos movimentos, lutas e “rebeliões” este é um assunto que em minha simples opinião deve ser destacado e comentado com muita cautela.

O assunto a ser tratado não tem relação à opinião política (talvez para alguns tenha), enfim trato apenas como uma complexa incógnita. Compreendo que, por natureza, todos procuram a liberdade, o direito de ir e vir, fazer o que bem entende da vida sem ninguém “metendo o nariz”. Então seguindo esta linha talvez a melhor saída seja o protesto, a saída às ruas, quando necessário, desde que não calemos para a minoria.

Neste contexto nada mais conciso que o “grito”, reunir o maior número de pessoas, e todos lutarem pelos ideais, deste modo: Viva aos estudantes, professores, esquerdistas (se é que se pode usar este termo ainda, pois desde 2002, tudo ficou muito mais relativo) e todos que seus direitos buscam. Mas eis que surgem algumas pequenas objeções. Será que isto não seria uma busca infinita pela liberdade? Algo apenas pelo prazer da rebeldia? Pergunta sem resposta. E aqui os protagonistas da questão jamais darão o braço a torcer. 

Todos seguem um ideal muito específico, claro e de fácil compreensão. “Queremos melhores condições, estabilidade, uma vida digna para nossos filhos.” – proclamam “eles”. Aliás, estabilidade é uma palavra que me faz rir. Questiono-me por qual motivo tanto exigem essa tal estabilidade? Certamente é uma busca por “melhoria” que logo querem findar. Querem receber, mas não trabalhar (ou trabalhar pouco, “apenas se possível senhor”) e quem não se unir a esta meia dúzia trabalhará para sustentar aqueles que a estabilidade tanto solicitam.  Pois em quem pensam estes “protestantes”? Dizem que querem o bem maior, mas não se preocupam com o bem do trabalhador (digo o trabalhador de verdade, não necessariamente o pobre, mas o trabalhador que também conquistou algo na vida [ou o que busca conseguir com esforço próprio]), não estão nem ai com a população em geral e só visam o bem-estar do povão.

Ficaria feliz e agradeceria se estes, com seus protestos e badernas, atingissem os políticos de alguma forma, mas não. Apesar de tantos escândalos nos últimos anos nada se fez, o “intocável” do Planalto provou que o adjetivo não foi em vão. Acredito que o protesto é o meio ideal para conseguir aquilo que não foi resolvido diplomaticamente. Mas a pergunta que faço é: até onde podemos chegar com este protesto? Acredito ser errôneo, por exemplo, o fechamento das ruas, o que acaba atrapalhando aqueles que não se unem ao protesto. Vamos atacar quem deve ser atacado, protestar, mas com consciência, lutar pelos nossos direitos sem perder respeito e sabendo dos nossos deveres. Enfim, nos rebelar sem perder a razão, com força e respeito.

Em suma, são muitas exigências, mas sem nenhuma boa intenção. Não se luta pelo direito de trabalhar, de conquistar o que se quer e sim pelo direito de não fazer nada, de receber pensão, de ser sustentado. Em um país onde ninguém é de ninguém, nada é de ninguém, e tudo é de todos. E eu como um acomodado, para quem gosta de badernar pelas ruas sem nenhum objetivo explícito, apenas observo analisando onde vai parar e se vai parar, para quem sabe um dia, num longínquo tempo, protestar de forma humana sem queimar nada, sem destruir nada, apenas lutando por um ideal, que de certa forma mudará minha vida para que possa conquistar o que é meu ao invés de roubar por tabela. 

 

terça-feira, 5 de maio de 2009

Após algum tempo sem postagens, por falta de tempo e criatividade (me limito apenas a esses fatores), venho apenas para trazer um assunto que está em pauta no momento. Assim que possível trarei algo mais interessante, mais “trabalhado”, e que instigue a leitura. Então continuemos com um resumo da minha opinião sobre assunto tão falado nos últimos dias.

Em meio a tantos problemas, buscamos soluções. Autodestruição é a resposta. Assim, a solução é evidente.Então por que não mudamos? A que ponto terá que chegar para que se faça entender o quão essencial é o cuidado e zelo por tudo que usufruímos?  Talvez essas sejam perguntas sem respostas, ou com respostas ocultas, que não queremos revelar.

Agora sofremos com febre amarela, gripe suína e com certeza virão mais. Febre amarela há muito estava “extinta”, e agora voltou. Espalhou-se pelo Brasil, afinal não tivemos atitudes suficientes dos governos para que pudesse limitar a área de risco. Pois então, me deparo com as notícias da nova gripe, a suína. Teve início no México, e em poucas semanas (dias, melhor dizendo), aterrorizava o mundo. Nosso presidente critica a falta de prevenção do governo mexicano, e o atraso da comunicação às outras nações sobre a doença, pois não passou de um “déjà vu” do que aqui também era fato, claro que com dimensões maiores, mas mesmo assim a falta de cautela predominou.

A gripe suína não é algo muito preocupante, depois de muitos testes, e dias de pavor, notícias de que a doença não era tão mortal, acalmou muita gente aflita. Preocupamos-nos então com nossa “doença da vez”, que ao contrário da nova onda dos hipocondríacos, é significativamente mais letal.

Em suma, são novos problemas, os quais somos responsáveis. E a pergunta se repete: a que ponto as coisas terão de chegar?